“Onde há disrupção, há oportunidade. Onde há colapso, há oportunidade de evoluir”. Essa é a descrição deste ano desafiador nas palavras de Maureen Metcalf, CEO do Instituto de Lideranças Inovadoras.
Em artigo publicado na Forbes, ela analisa o mercado de trabalho sacudido pelos efeitos da pandemia e olha para frente. O resultado é uma lista de recomendações (e reflexões) de liderança para o ano que vem.
As tendências apresentadas neste conteúdo foram construídas após entrevistas feitas por Maureen junto a executivos, pensadores e representantes do universo acadêmico, além de conversas com clientes.
Vamos a elas:
Tendência 1 – De olho na volatilidade econômica e seus efeitos
A pandemia impactou as economias severamente e acentuou a desigualdade social, afetando as comunidades locais.
Em artigo publicado recentemente, o CEO da STATO, Rubens Prata, já havia alertado para a necessidade de apoiar os chamados “invisíveis” no mercado de trabalho, a partir de políticas de inclusão. Leia aqui
Números recentes indicam o aumento do desemprego no Brasil, que, em outubro, já atingia cerca de 13,8 milhões de pessoas.
Somam-se a esse quadro local instabilidades geopolíticas e a percepção de que não estamos preparados para lidar com eventos do porte de uma pandemia, com repercussões difíceis de se prever.
A lição que fica é a dificuldade das organizações de prever e planejar estrategicamente o próximo ano.
Nesse cenário de incertezas, algumas perguntas a se fazer são:
Quais são os impactos prováveis que você e sua organização enfrentarão nos próximos 3, 6, 9 e 12 meses?
Como a volatilidade econômica está afetando você?
Como a volatilidade do clima está impactando sua organização?
Como você sustenta sua base durante a turbulência?
Que oportunidades estão disponíveis agora que não existiam antes?
Tendência 2 – Responsabilidade social e valores importam
Como já dissemos, a pandemia jogou luz sobre questões sociais que sempre existiram, mas que estavam em segundo plano. Agora, além de se preocupar com eficiência e lucro, as organizações devem se comprometer publicamente com a responsabilidade social e com o ecossistema no qual estão inseridas.
Algumas perguntas a se fazer são:
Como sua organização equilibra os objetivos dos stakeholders, ou seja, as partes interessadas no negócio?
Como seus sistemas e processos estão evoluindo para refletir mudanças sistêmicas?
Como seus valores culturais estão evoluindo para atender às mudanças nas normas sociais?
A sua organização foi projetada para evoluir e prosperar conforme o ecossistema continua a se transformar?
Como seus valores impactam suas decisões e ações?
Tendência 3 – Expectativas aumentadas para entrega de resultados mais rápidos
Muitas organizações foram eficazes na implementação rápida de mudanças significativas durante a Covid-19. Com isso, os líderes perceberam o atingimento de um novo nível na capacidade de entregas e revisaram para cima expectativas sobre produtividade.
Algumas perguntas a se fazer são:
Agora que você provou que pode entregar rapidamente (em resposta à Covid-19), quais são as expectativas para a velocidade contínua?
Que mudanças você precisa implementar?
Como garantir o equilíbrio físico e mental para manter entregas de qualidade no médio/ longo prazo?
De que forma a chamada economia gig (com relações mais flexíveis de trabalho) pode aumentar a capacidade de desempenho?
Tendência 4 – Novos conceitos de conhecimentos e habilidades para colaboradores
Conforme analisa Maureen, “a interrupção e o impulso constante para a inovação permitem que a tecnologia substitua muitos trabalhos tradicionalmente menos qualificados por robôs e automação de processos robóticos, embora muitos trabalhos exijam habilidades especiais”.
Agora, mais do que nunca, é o momento de se requalificar.
Algumas perguntas a se fazer:
Que novos tópicos você precisa entender?
O que você precisa ser capaz de fazer que ainda não pode fazer?
Que rotina precisa criar para atualizar seus conhecimentos e habilidades continuamente?
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