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5 momentos em que você pode se enrolar na entrevista de emprego

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Matéria com entrevista de Renata Filippi, Diretora Geral de Executive Search da STATO, publicada em EXAME.com:

Renata Fillipi, headhunter da STATO, conta em que momentos os candidatos costumam se atrapalhar durante a entrevista

Por Camila Pati

São Paulo – Resumir a trajetória profissional e acadêmica, explicar o motivo de uma ou mais demissões, justificar pontos fortes e, claro, citar fraquezas. Não são raros os momentos de uma entrevista de emprego que podem trazer uma carga maior de desconforto e ansiedade à conversa.

Some-se a isso o fato de haver 14 milhões de desempregados no Brasil e, muitos disponíveis há bastante tempo no mercado de trabalho, para que o clima fique ainda mais pesado na sala de entrevista.

Renata Fillipi, headhunter da STATO, está acostumada a ver candidatos se enrolarem especialmente na hora de tratar de cinco aspectos. Confira como desfazer os possíveis nós:

1. Explicar o motivo de uma demissão

A luz vermelha acende quando a razão desaparece isso pode acontecer na hora de explicar que a incompatibilidade de relacionamento causou a saída de um emprego anterior, por exemplo. “Na hora de falar sobre isso, a gente percebe se o assunto não tiver sedimentado e digerido pelo profissional”, diz.

Seja verdadeiro e pontual na hora de explicar. “Sem se estender muito”, indica Renata. E lembre-se seu discurso certamente será checado. Para um executivo, uma atitude bem melhor do que criticar o ex-chefe é adotar uma postura mais prática e pontuar que havia diferença na maneira de pensar, segundo a headhunter.

2. Falar sobre pontos fracos

Quando está cara a cara com um candidato e quer investigar em que ele precisa se desenvolver, Renata pergunta quais são os feedbacks que ele recebeu em avaliações de desempenho formais e também informais.

Ela quer verificar se o profissional está ciente de quem é, ou seja, se ele tem autoconhecimento. Respostas vagas e batidas sugerem justamente o contrário, mas exagero na sinceridade e emoção em demasia atrapalham bastante.

“Tem gente que começa a falar e vai trazendo questões emocionais e aquele tema vai ficando maior ainda e a pessoa se atrapalha”, diz Renata. A pessoa deve mostrar pontos que está focada em desenvolver e contar o que está fazendo para chegar lá, segundo a headhunter. Dessa forma, não fica a sensação de que a fraqueza é um “peso”.

Por exemplo: uma pessoa que tenha a comunicação como ponto de atenção pode dizer que era prolixa e está trabalhando a assertividade.

O essencial é mostrar que o problema está sendo superado e que isso não vai influenciar negativamente no dia a dia de trabalho.

3. Elencar competências

“Muitas pessoas se atrapalham quando vão falar de si”, diz Renata. Mais frequentemente ela vê candidatos se enrolarem na hora de usar casos reais para comprovar competências profissionais, um pedido comum de recrutadores durante a entrevista.

Vai bem quem consegue trazer resultados concretos da sua boa atuação profissional. “Quanto mais souber números, melhor”, diz Renata.

Podem ser vários pontos mensuráveis dependendo da área de atuação, segundo a especialista. Exemplos: aumento da eficiência operacional, lançamento de novos produtos, aumento de engajamento ou satisfação, redução de rotatividade. Saiba o que a empresa ganha, de fato, com a sua contratação.

4. Indicar quem possa dar referências

“A pior coisa que a gente pode ouvir ao ligar para alguém indicado como referência é que não há nada que o desabone”, diz Renata.

A falta de entusiasmo de alguém na hora de falar sobre um ex-colega ou ex-subordinado tem impacto negativo na avaliação feita pelo recrutador. É que dificilmente alguém fala mal nesse momento, então a falta de motivação para elogiar tem peso considerável.

Para não correr esse risco, pense em quem tem coisas positivas para falar, aconselha a headhunter. “Avise antes, pergunte se pode dar o nome como referência”, diz.

5. Salário

“O candidato não deveria trazer o assunto da remuneração para entrevista de emprego, mas acontece muito. É negativo”, diz Renata. De acordo com ela, a negociação salarial deve ser feita depois que o candidato foi escolhido e no momento em que o entrevistador trouxer o tema à tona. Surpresas desagradáveis são um risco a se correr, em sua opinião.

É interessante, porém, que o entrevistador saiba em algum momento quanto o candidato ganha ou ganhava em seu último emprego, ainda que ele não pergunte. Para quem está trabalhando e não pode ficar saindo para fazer várias entrevistas também é possível tentar introduzir o tema de forma sutil e mais elegante.

“Ele pode dizer, por exemplo, que está em um momento interessante na empresa e para mudar de emprego seria necessário haver incremento de responsabilidade, que não o interessa movimentação lateral”, diz Renata.

Vontade ter mais responsabilidade ou escopo de atuação mais amplo também são jeitos de provocar a entrada do tema na conversa, segundo a especialista.

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