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Corona vírus perigoso para idosos e também os pequenos (negócios)

O rápido aumento do número de pessoas infectadas pelo coronavírus deixa a população mundial em alerta. Ninguém está imune ao tema. Direta ou indiretamente, a doença afeta as vidas de todos nós e impõe um raro estado pandemia no qual a coletividade tem de superar a individualidade. Neste momento delicado, com graves consequências sanitárias, políticas e econômicas, dois grupos estão mais vulneráveis e merecem atenção redobrada: os idosos e os pequenos negócios.

A recomendação de isolamento social vale para todos, mas afeta especialmente os mais velhos. Pessoas acima de 60 anos estão no grupo de risco, inspiram cuidados adicionais e demandam necessidades específicas. Se eles não podem sair de casa, quem vai supri-los com itens básicos de alimentação e remédios, por exemplo? Sem falar nos eventuais danos físicos gerados pelo confinamento duradouro. Não é fácil promover mudanças radicais de comportamentos e hábitos de vida, principalmente tendo os agravantes do COVID-19 batendo à porta. Mas, esta é uma realidade com a qual precisamos lidar e colocar todos os esforços para reduzir ao máximo os riscos.

Na saúde financeira, as preocupações também são grandes. Com menos pessoas nas ruas, o consumo cai e os prejuízos já começam a aparecer de forma significativa. No Brasil, espaços de beleza, restaurantes, padarias, academias e outros pequenos negócios anotam queda de até 30% na movimentação. E as expectativas não são das mais otimistas: médicos e autoridades estimam o pico de casos do coronavírus entre abril e maio, colocando em xeque a sobrevivência de parte do comércio de rua. Acrescentemos a este quadro preocupante também os trabalhadores informais, ainda mais expostos aos efeitos do isolamento social nas grandes cidades.

Números do Simpi São Paulo (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) dão contornos mais nítidos ao tamanho da crise que se apresenta. Em fevereiro, antes da proliferação de casos de coronavírus no País, apenas 11% das micro e pequenas indústrias tinham recursos suficientes de capital de giro, segundo reporta a Exame. A pergunta que fica é: o que fazer em um cenário no qual interromper as atividades pode significar um prejuízo ainda maior do que arcar com a expressiva queda na geração de negócios?

A resposta passa pelo auxílio coletivo. O Governo anunciou essa semana medidas para tentar conter o agravamento da crise financeira nas micro e pequenas empresas. Uma das principais é o adiamento, por três meses, do recolhimento do imposto do Simples Nacional, o que corresponde a uma renúncia temporária de R$ 22,2 bilhões. Outra medida é a liberação de R$ 5 bilhões pelo Programa de Geração de Renda (Proger), quantia que será repassada a bancos públicos visando a concessão de empréstimos para capital de giro. Paralelamente, movimentos informais nas redes sociais incentivam o consumo em estabelecimentos de bairro para garantir algum fôlego financeiro. Serão essas medidas suficientes para evitar o colapso das organizações de pequeno porte?

Enquanto isso, resta aos empreendedores a coragem e a perseverança de enfrentar este que é um problema sem precedentes na História recente. Entre as variáveis que são controláveis nesta história toda, a recomendação é elevar ao nível máximo o controle das finanças para administrar a queda do movimento de clientes e, consequentemente, do faturamento. Aos interessados no tema, compartilhamos um guia recente elaborado pelo Sebrae para gestão financeira em tempos de coronavírus. O documento foi desenvolvido em linha com recomendações do Banco Central e da Febrabran e pode ser útil para colocar as ideias no lugar.

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