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  • Foto do escritorSTATO INTOO

O plano de carreira acabou, você está pronto para o novo mercado?

Muita gente já se deu conta e nós também concordamos: o plano de carreira, como o conhecíamos no passado, praticamente não existe mais. Foi-se o tempo em que a maioria dos profissionais tinha uma carreira previsível e estável, com ingresso na organização ainda jovem, treinamentos e oportunidades para evolução e aposentadoria garantida, completando um ciclo inteiro de trabalho no mesmo local. O que mudou de lá para cá? Basicamente tudo.

O plano de carreira é caracterizado por um conjunto de definições que traçam o caminho a ser perseguido rumo às promoções para crescimento na empresa. Era a década de 1990 quando este – que é um dos pilares do RH de antigamente – começou a ruir. A globalização do trabalho, impulsionada pela internet, incorporou fatores sensíveis à lógica corporativa, tais como concorrência acirrada, redução de custos e produtividade. Nascia ali um conceito que ganharia força e se tornaria quase onipresente entre os gestores: a meritocracia.

Com o avanço da tecnologia, a tarefa de medir o desempenho dos colaboradores com base em indicadores e metas claramente estipuladas ficou mais assertiva. A consequência disso na prática foi a escolha do mérito como principal critério para o trampolim corporativo. Quem estiver melhor preparado para atender às demandas do cargo é promovido, e não necessariamente o colaborador com mais tempo de casa, invertendo a forma de pensar do plano de carreira. Em ambientes assim, relações curtas e intensas podem superar as duradouras e lineares.

A meritocracia pode ser ainda mais valorizada em momentos de crise econômica, como a que enfrentamos atualmente no Brasil. O aumento da oferta de produtos e serviços intensifica a competitividade e gera clientes mais exigentes e questionadores. Por sua vez, a velocidade das transformações dos negócios requer agilidade máxima dos líderes, inibindo as margens de erro. Neste cenário ultracompetitivo, é de esperar que as empresas priorizem os que estiverem mais habilitados para a missão de entregar os melhores resultados, no menor tempo. Ao colaborador, que é parte fundamental desta engrenagem corporativa, cabe se preparar para as demandas do mercado de trabalho adquirindo habilidades e conhecimentos. Como abordamos em outro conteúdo da newsletter deste mês, o leque de possibilidades oferecidas pela educação digital é grande e pode ser útil neste processo de ampliação de repertórios. Além disso, é fundamental mudar a percepção da própria carreira. Com tanta concorrência à vista, pessoas interessadas no autodesenvolvimento tendem a ter mais chances de competir e ir mais longe.

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