Ter escuta ativa é uma das habilidades desejáveis entre outras tantas em bons gestores. Um líder capaz de ouvir deixa a equipe mais confortável para se expressar, aumenta a sensação de pertencimento e, consequentemente, obtém mais engajamento daqueles que estão à sua volta. Na era da empatia, a qualidade de absorver perspectivas alheias fomenta a criação de ambientes mais humanizados.
Para ser um bom ouvinte não basta ouvir – é preciso ir além. E é preciso entender também que existem vários níveis de escuta. Abaixo, trazemos reflexões do site HBR para estabelecer contato eficiente dentro da organização e interpretar corretamente as necessidades dos outros. As dicas visam a tornar o local de trabalho mais flexível, evitando conflitos e melhorando o clima organizacional.
Confira:
1 – A boa escuta não é apenas ficar em silêncio Fazer perguntas que promovam insights a partir do que o interlocutor diz é uma das melhores formas de demonstrar atenção. Primeiro porque transmite a mensagem de compreensão do que foi dito e abre espaço para interpretações adicionais. Segundo porque o silêncio prolongado durante uma conversa pode ser intimidador e pouco benéfico. Questionar, neste caso, é o melhor caminho a seguir, tomando o devido cuidado para não interromper a fala da outra pessoa.
2 – A boa escuta inclui interações que constroem autoestima Transformar uma conversa em uma boa experiência para a outra parte é competência de poucos. Não se trata de agradar o interlocutor pura e simplesmente, mas de demonstrar interesse no assunto para a criação de um ambiente seguro capaz de estabelecer confiança. Assim, o diálogo costuma transcorrer mais naturalmente apesar do teor do tema discutido.
3 – A boa escuta deve ser vista como uma conversa cooperativa Existem momentos em que as coisas não saem como planejado e é preciso se explicar ao gestor. Como fazer isso sem sofrimento? Por outro lado, qual deve ser a postura da chefia? Escolher palavras adequadas e cuidar do tom de voz são recomendações importantes para as duas partes em uma discussão. Todo feedback, por mais desolador que seja, fica mais leve quando o respeito é levado para a mesa de reuniões. Conversas são diferentes de debates, nos quais o objetivo é “ganhar” a discussão com argumentos. Quando ouvimos antes de agir, a tendência é tomar decisões mais acertadas e justas.
4 – Bons ouvintes tendem a fazer sugestões Promover reflexões, apontar caminhos alternativos, questionar o raciocínio utilizado. Este é o caminho para iniciar uma conversa produtiva sobre o planejamento que não rendeu o esperado. Obtendo respostas para estas questões, fica mais fácil fazer sugestões construtivas visando a melhoria do desempenho. Segundo pesquisas realizadas pelo HBR, colaboradores tendem a preferir sugestões vindas de bons ouvintes àquelas dadas por pessoas cuja postura é considerada combativa.
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