Os impactos do coronavírus e o novo jeito de se trabalhar
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  • Foto do escritorSTATO INTOO

Os impactos do coronavírus e o novo jeito de se trabalhar

A pandemia de coronavírus se agravou em março e coloca o mundo em estado máximo de atenção. No Brasil, não é diferente. Com a ampla adoção da quarentena nas grandes cidades, as medidas restritivas já impactam a economia e, consequentemente, o mercado de trabalho. Segundo estimativas preliminares de analistas, o desemprego no Brasil pode saltar dos atuais 11,5% para até 25,5% em razão do surto, impactando 40 milhões de pessoas, além dos efeitos sobre os trabalhadores informais.

Diante deste cenário, empresas e colaboradores adotaram medidas emergenciais para tentar contornar os efeitos da crise. Enquanto buscam entender o tamanho do prejuízo e o que pode ser feito para amenizar o impacto financeiro, as organizações confiam ao home office a continuidade dos negócios. Operações foram elaboradoras de última hora com dois objetivos principais: preservar a segurança e a saúde dos colaboradores e adaptar serviços e produtos ao novo mundo da “vida à distância”.

Naturalmente, a adoção do trabalho remoto em escala inédita trouxe enormes desafios tanto para os gestores quanto aos colaboradores. De um lado, executivos passaram a lidar com a nova realidade de comandar 100% dos times à distância em meio às incertezas e apreensões atuais. Do outro, pessoas acostumadas a se deslocar até as organizações e utilizar a infraestrutura do local se viram na necessidade de encarar o home office “para valer”, sem testes, sendo responsável por todos os aspectos que envolvem o trabalho remoto eficiente.

Em razão das dificuldades enfrentadas, especialistas do site HBR listaram recomendações para a gestão de times a distância. A primeira delas é rever as expectativas e entender que as condições são diferentes das habituais. Em tempos de quarentena, cresce a importância da personalização para assimilar as necessidades de cada colaborador, alinhando entregas, prazos e fluxo de trabalho. Estar em contato direto e aprender com os primeiros dias de relacionamento virtual também são medidas recomendadas. E, claro, não pode faltar o feedback, que, nestes casos, deve ser ainda mais frequente.

Aos colaboradores, a preocupação primordial é com a qualidade das entregas. Em um conteúdo publicado recentemente no blog da STATO, recomendamos dicas para traçar um planejamento adequado e coeso visando garantir o bom desempenho do trabalho em casa. Alinhar expectativas com o gestor, atentar para infraestrutura necessária (conexão de internet, local silencioso, combinados com a família) e definição de prazos são pontos fundamentais deste processo. Assim como a preocupação com o foco: estabelecer o objetivo de cada tarefa; fazer uma coisa de cada vez, criar rotina para pausas estratégicas e eliminar distrações são medidas essenciais neste momento.

O risco para pequenos negócios

Além das organizações de médio e grande porte, há uma parcela considerável de micro e pequenos negócios que estão em risco devido à queda do consumo causada pela pandemia. Com menos pessoas nas ruas, o consumo cai e os prejuízos já começam a aparecer de forma significativa. No Brasil, espaços de beleza, restaurantes, padarias, academias e outros pequenos negócios anotam queda de até 30% na movimentação. E as expectativas não são das mais otimistas: médicos e autoridades estimam o pico de casos do coronavírus para o fim de abril e começo maio, colocando em xeque a sobrevivência de parte do comércio de rua.

Números do Simpi São Paulo (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) dão contornos mais nítidos ao tamanho da crise que se apresenta. Em fevereiro, antes da proliferação de casos de coronavírus no País, apenas 11% das micro e pequenas indústrias tinham recursos suficientes de capital de giro, segundo reporta a Exame. A pergunta que fica é: o que fazer em um cenário no qual interromper as atividades pode significar um prejuízo ainda maior do que arcar com a expressiva queda na geração de negócios?

São muitas perguntas ainda sem respostas. Em meio às incertezas, o melhor remédio é seguir em frente, avaliando cuidadosamente cada passo e projetando movimentos com responsabilidade.

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