Bate-papo de vendas: o que pode colocar tudo a perder em um negócio – HSM Experience
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Bate-papo de vendas: o que pode colocar tudo a perder em um negócio – HSM Experience

Para Rubens Prata, CEO da Stato, conhecer a proposta de valor da organização e ter um time qualificado são alguns dos pilares para crescer

Abrir o próprio negócio pode ser uma tarefa desafiadora. No caso de startups, qualquer deslize pode prejudicar a ideia inicial e o crescimento da empresa. Um estudo realizado pela aceleradora Startup Farm aponta que 74% das empresas brasileiras fecham após cinco anos de existência e 18% delas antes mesmo de completar dois anos. Mas por que isso acontece? Para responder a essa dúvida, a Gama Academy, uma escola focada em profissões do futuro, realizou a pesquisa Cemitério de Startups. O estudo, baseado em um levantamento semelhante feito nos Estados Unidos, identificou as causas de morte – como falta de um bom modelo de negócios e planejamento financeiro – de 46 startups.

Em entrevista a seguir, Rubens Prata, CEO da STATO, consultoria de Recursos Humanos, fala sobre os principais desafios de abrir um negócio e como superá-los para atingir o sucesso.

A falta de um time capacitado e de um bom modelo de negócios foram as principais motivos de fracasso apontados pela pesquisa. Qual a importância desses dois aspectos? O nascimento de uma empresa, independentemente do setor de atividade, baseia-se em dois fundamentos: conhecer a proposta de valor da organização, e, claro, ter o time comprometido e qualificado para garantir esta entrega de valor aos clientes. O elemento chave da definição da proposta de valor é a definição de foco, algo menos comum em culturas latinas. Em especial no Brasil, quando decidimos empreender e começamos a desenhar um modelo de negócio, o primeiro ponto é pensar em toda a cadeia produtiva ou de serviço como uma vertical de atuação. É muito comum achar que podemos cobrir todos os serviços principais e periféricos dentro do negócio que pretendemos abrir, o que faz com quem o foco se perca.

Outro dado que chamou a atenção foi o montante investido em algumas das startups participantes. Em alguns casos, as empresas que não sobreviveram chegaram a receber aportes entre 900 mil ou 1,2 milhão de reais. Ter muito dinheiro disponível pode deixar o empreendedor em uma zona de conforto? Como lidar com isso? O dinheiro disponível não deveria ser uma premissa para uma startup, pois se for, o empreendedor parte do recurso disponível e não de uma ideia ou projeto. Nestes casos, o recomendado é investir esse dinheiro em projetos já estruturados. Abrir uma startup nunca é pensar na zona de conforto, afinal, vamos empreender e colocar nosso capital e de sócios investidores em risco. A maior armadilha das startups que iniciam com bom aporte de capital é a ambição, o que pode fazer com que o foco do negócio se perca. Começar um negócio apenas por ter dinheiro, sem ter uma ideia, é o principal pensamento que leva as startups para o cemitério.

A pesquisa identificou casos de empresas que desenvolveram um produto e só depois de um ano levaram aquilo para o mercado. Isso pode ser arriscado? É difícil afirmar que isso seja arriscado. Planejamento é fundamental, assim testar e pilotar, trocar, refazer, acertar e errar, também o são. Há um ciclo a ser cumprido em cada uma das ideias ou projetos, portanto, não é o tempo que o produto ou serviço leva para chegar ao mercado que determina o risco. Claro, que a velocidade com quem o mercado se desorganiza e se organiza novamente é brutal. Por isso, ser rápido é fator de sucesso em qualquer tipo de atividade, seja em startups, seja em grandes corporações. Isso porque o risco de ter o serviço copiado é grande. Mas, buscar a perfeição, em especial em startups de tecnologia, é importante.

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