“As pessoas são contratadas pelas suas hard skills, mas demitidas pelas soft skills”. Esta frase é amplamente conhecida pelos recrutadores e reverberada no mercado de trabalho. Traduzindo, as pessoas são contratadas por suas habilidades profissionais, mas demitidas por questões de ordem comportamental. Concorda? Este foi o tema do webinar transmitido ao vivo, ontem, pela plataforma STATO Play, com a participação de Candice Fernandes e Renê Guedes, Heads de Operações da STATO.
O avanço do novo coronavírus no Brasil e seus efeitos para os negócios forçaram as empresas a rever o modus operandi e promover mudanças significativas no planejamento estratégico. Consequentemente, as rotinas de trabalho, os conceitos de gestão e as expectativas acerca da contribuição dos colaboradores também se alteram. “Se antes as empresas já viviam incertezas e precisavam de profissionais motivados e engajados, agora mais ainda”, resume Renê Guedes.
O que esperar no pós-crise Muito se especula sobre o “novo normal” das relações pessoais e profissionais após a COVID-19, pautadas pela revisão de comportamentos e prioridades tendo a tecnologia como aliada. O termo “Renascimento digital” foi cunhado na tentativa de abarcar novas perspectivas para uma sociedade que está em transformação. Na opinião dos Heads de Operações da STATO, o mundo pós-pandemia vai exigir ao menos três soft skills imprescindíveis para quem quiser se destacar no futuro acirrado mercado de trabalho.
Comunicação A capacidade de se comunicar adequadamente e de forma eficaz utilizando linguagens variadas de acordo com o público-alvo e ambientes é a principal competência citada pelos Heads de Operações da STATO. Esta competência é essencial também para a criação da narrativa que conta a trajetória da carreira em entrevistas de emprego. Além disso, para Candice Fernandes, a comunicação vem acompanhada de outra competência essencial em qualquer ambiente corporativo: escuta ativa. “Quando você escuta atentamente ao que o seu interlocutor fala, você responde com habilidade”, diz.
Resiliência Adaptar-se ao “novo normal” será a lição de casa dos profissionais dispostos a evoluir para serem competitivos no futuro. Isso inclui o domínio da tecnologia e suas soluções de comunicação, a leitura correta das necessidades das organizações, a flexibilidade para lidar com problemas e/ou novidades no dia a dia e a atualização de competências através do aprendizado contínuo.
Empatia O comportamento empático convida a se colocar no lugar do outro e “sentir” suas dores. Por isso, é considerado uma habilidade relevante dentro das empresas. Na opinião de Renê Guedes, esta é também uma importante ferramenta para evolução. “A gente não faz inovação com os nossos pares. Momentos inovadores surgem quando a gente pensa diferente”, afirma ele ao incentivar a ampliação do repertório para além do setor de atuação.
No título do texto, mencionamos que uma das soft skills apresentadas deve ser considerada não apenas para o cenário pós-crise, mas também para a vida toda. Trata-se da capacidade de reconhecer que não se sabe tudo e ter a humildade de aprender. “Quando o erro for mais valorizado que o acerto, as pessoas vão tentar e acertar mais”, conceitua Candice.
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