6 lições do “campo de batalha” da Covid-19 para a carreira
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6 lições do “campo de batalha” da Covid-19 para a carreira

O enfrentamento da pandemia nos hospitais, os campos de batalha contra o vírus, reserva lições valiosas que podem ser aplicadas em qualquer carreira. A maneira como médicos tomam decisões e gerenciam as atividades no dia a dia endereça muitas das questões comuns ao ambiente corporativo.

Neste texto, baseado em conteúdo publicado no site  HBR, vamos listar algumas delas:

1 – Reconhecimento público das incertezas A última pandemia (a da gripe espanhola) aconteceu um século atrás, portanto, nenhum médico em atividade tinha experiência prática para lidar com a doença. Durante os primeiros meses de espalhamento do vírus, havia dúvidas e muitas perguntas sem respostas, desde os procedimentos a se adotar até medicamentos estocar. Diante desse cenário, os gestores da medicina tiveram que admitir o não saber. A transparência, além de necessária, contribui para diminuir a pressão sobre a equipe e torna o fluxo de trabalho mais eficiente.

2 – Foco nas pesquisas Admitir a incerteza pressupõe comprometimento com o aprendizado. Quando os recursos são insuficientes ou finitos, não há outro caminho senão apostar em pesquisas para a solução de problemas. Esse processo se inicia com a definição de prioridades para distinguir demandas críticas daquelas que podem ser adiadas. No hospital NHS Nightingale, em Londres, as reuniões gerais ao final do dia começam com duas perguntas: o que aprendemos hoje? O que ainda não sabemos? A partir de então, os próximos passos eram desenhados.

3 – Autoridade delegada Especialmente nos hospitais de campanha, onde houve necessidade de recrutamento de profissionais de última hora, médicos e enfermeiros com pouca experiência tiveram a oportunidade de lidar com problemas complexos. No hospital londrino, líderes delegaram responsabilidades de acordo com a especialidade, não de acordo com a experiência. Coube ao time sênior, na linha de frente, confiar na equipe e determinar as rotinas de atendimento aos pacientes.

Esse exemplo mostra o potencial existente dentro das organizações e que por vezes é desperdiçado quando as tarefas não são delegadas adequadamente. Naturalmente, profissionais juniores escolhidos para esses desafios precisam de acompanhamento e suporte contínuos para o bom desenvolvimento do trabalho.

4 – Não atrase decisões difíceis e impopulares “Podemos errar, mas vamos errar rápido”. Essa frase se tornou popular no mundo dos negócios movido pela agilidade. Dar a “palavra final” é uma das principais atribuições constantemente exercidas pelos líderes. E há momentos em que decisões difíceis (e impopulares) devem ser tomadas pelo bem da organização. Como observa o texto do HBR, “os líderes certamente precisam criar um ambiente de trabalho inclusivo e com poder, onde dissidência, desafios, ideias selvagens e debates animados são encorajados. Mas eles também devem encerrar linhas improdutivas de investigação rapidamente, a fim de preservar recursos para outras mais promissoras”.

5 – Encurte o ciclo de feedbacks Você já vivenciou situações em que o resultado de uma reunião é a convocação de outra reunião para decidir o que deveria ter sido decidido? Essa pode ser uma realidade comum em hospitais. No enfrentamento à pandemia, porém, o que se viu foi a avaliação frequente do progresso das ações por meio de dados e de reuniões de equipes multidisciplinares. Um ritmo regular de reuniões, suportado por relatórios atualizados e precisos, acelerou o processo de tomada de decisões e eliminou barreiras burocráticas.

6 – Alinhe expectativas A inovação não surge por meio de processos repetitivos, é preciso tentar coisas novas. As empresas sabem disso, mas também sabem que há limites no nível de apetite ao risco (cada uma tem o seu). A experiência ao longo dos últimos meses nos hospitais de campanha mostrou que mesmo no enfrentamento à pandemia, a liberdade é restringida em uma estrutura regida por objetivos. A definição de expectativas deve ser feita a partir da distinção das falhas produtivas que levam à aprendizagem das falhas improdutivas. Quem não estiver à altura das tarefas deve ser treinado com antecedência ou remanejado para outra função.

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